Eu sempre achei que não era uma pessoa criativa. Por um lado porque na escola a nossa criatividade é sobretudo testada nos desenhos para os quais eu nunca tive o mínimo talento e por outro lado porque sempre achei que ser criativo era inventar coisas extraordinárias - e a parte do extraordinário de certa forma matava a coisa.
Há uns tempos deparei-me com o trabalho de uma psicóloga americana de quem entretanto me tornei fã: Brené Brown. O que ela diz faz todo o sentido para mim. Não há pessoas criativas e pessoas não criativas. Há sim pessoas que utilizam a sua criatividade e pessoas que não utilizam, normalmente por medo da comparação com os outros. Não fazer uso da criatividade leva-nos a uma (in)existência infeliz. A maior parte de nós, os que achamos que não somos criativos, deixam de explorar a sua criatividade no dia em que os desenhos da escola deixam de sair tão bem, parece-nos a nós, como os do colega do lado.
No instante em que deixei esta ideia infiltrar-se comecei a arriscar, a explorar mais essa vertente que no meu caso tem menos a ver com desenhos, para os quais de facto continuo a não ter o menor talento, ou ideias fora da caixa, que quase ninguém tem, e mais a ver com coisas feitas à mão, especialmente a malha, mas também a fotografia, a escrita e até o design. De repente essa liberdade de não me deixar definir pelo que os outros pensam, parece que desbloqueou uma parte de mim que estava aos gritos para sair do buraco onde a tinha enfiado...e é tão bom. Também me revi muito, com as devidas distâncias porque não lhe chego aos calcanhares, neste post da Felicia Semple.
Acho mesmo que "quando vamos até aos nossos limites, os nossos limites expandem-se", dito pelo Robin Sharma.
I always thought about me as a non creative person. First because in school our creativity is tested around drawings for which I never had the least talent and secondly because I always thought that being creative was to invent extraordinary things - and the part of the extraordinary somehow killed the thing.
Some time ago I came across the work of an American psychologist who I became huge fan: Brené Brown. What she says makes perfect sense to me. There aren´t creative people and non creative people. There are people who use their creativity and people who don´t, mostly because of the fear of comparison with others. Unused creativity brings us to a unhappy existence.
The moment I left this idea infiltrate I began to risk further to explore mostly my knitting but also photography, writing and even design. Suddenly the freedom of not worrying about what others think, unlocked a part of me that was screaming to get out of the hole where I'd stuck it ... and it's so good. I see a lot of myself in this Felicia Semple post.
I really think that "when we go to our limits, our limites expand", said by Robin Sharma.
I really think that "when we go to our limits, our limites expand", said by Robin Sharma.
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